sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Camilo Castelo Branco

Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco nasceu em Lisboa a 16 de Março de 1825. Ficou órfão de mãe aos dois anos e de pai aos nove. A partir desta idade passa a viver em Vila Real com uma tia paterna. Aos 16 anos casa-se com Joaquina Pereira e, dois anos depois, em 1843, matricula-se na Faculdade de Medicina, no Porto, mas não conclui o curso. Em 1845, estreia-se na poesia e no ano seguinte no teatro e no jornalismo. Quando completa 21 anos, rapta Patrícia Emília e vai viver com ela na cidade do Porto. Logo depois é acusado e preso por bigamia. Em 1847 fica viúvo. Depois de conseguir a liberdade, Camilo tem alguns amores passageiros até encontrar, por volta de 1856, Ana Plácido. Uma vez que ela é casada com Pinheiro Alves, um rico comerciante local, Camilo ingressa no Seminário do Porto, onde tem um caso com a freira Isabel Cândida. Depois de tentar o suicídio, consegue viver junto à sua amada, que abandona o marido para viver com o escritor. Funda vários jornais e em 1855 é o redactor principal de O Porto e de Carta. Em 1860, Manuel Pinheiro Alves desencadeia o processo de adultério: em Junho é presa a mulher e a 1 de Outubro Camilo entrega-se na cadeia da Relação do Porto. D. Pedro V visita-o, em 1861, na cadeia, e a 16 de Outubro desse ano os réus são absolvidos.
Camilo e Ana têm dois filhos com problemas de saúde e, por isso, enfrentam sérios problemas financeiros. Para garantir a sobrevivência da família, Camilo passa a escrever por encomenda, tornando-se o primeiro escritor português a viver exclusivamente da literatura.Entre 1862 e 1863, o escritor publica onze novelas e romances atingindo uma notoriedade dificilmente igualável. Em 1864, fixa-se na quinta de S. Miguel de Ceide (propriedade de Manuel Pinheiro Alves, que, entretanto, já faleceu, em 1863) e nasce-lhe o terceiro filho, Nuno. Quatro anos depois, dirige a Gazeta Literária do Porto; em 1870 inicia o processo do viscondado (o título ser-lhe-á atribuído em 1885), e, em 1876, toma consciência da loucura do segundo filho, Jorge. No ano seguinte morre Manuel Plácido. A partir de 1881, agravam-se os padecimentos, incluindo a doença dos olhos. Em 1888 Ana e Camilo casam-se. Em 1889, por ocasião do seu aniversário (16 de Março), é objecto de calorosa homenagem de escritores, artistas e estudantes, promovida por João de Deus. Em 1890, a novela da vida de Camilo chega ao fim. Ele suicida-se com um tiro de pistola em 1 de junho.

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