sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O Último Papa, de Luís Miguel Rocha

Qaundo comecei a ler o livro a história prendeu a minha atenção e tomei como minhas quase todas as emoções das personagens. A protagonista, Sarah, foi aquela que me chamou mais a atenção, não por ser a personagem principal, mas porque o percusro dela prende-nos até à última frase do livro. Nos primeiros capítulos senti uma enorme injustiça pois Sarah é perseguida e acusada de crimes que não cometeu. Depois vem uma grande surpresa quando ela descobre que um homem que a estava a perseguir é o seu ‘salvador’. A irritação surge ao longo de toda a história porque sempre que a protagonista quer saber a verdade Rafael, o salvador, nega-a e quando revela alguma coisa nunca diz tudo sobre o assunto. O livro despertou-me outros sentimentos como a raiva e a indignação perante as atitudes das personagens que cometeram os crimes de que Sarah é acusada. Também senti um pouco da tristeza de Sarah quando ela descobriu que o pai era membro da organização que andava a persegui-la (P2-Propaganda Duo) e um dos sentimentos positivos que a leitura do livro me provocou foi a felicidade por causa da paixão de Sarah por Rafael uma vez que tudo o que lhe acontecia era mau e essa paixão foi como que a luz ao fundo do túnel.
Nos últimos capítulos fiquei indignada porque se descobre que Rafael era padre e a paixão de Sarah vai por ‘água a baixo’. Fiquei também admirada com a frieza da organizção, porque mataram muita gente inocente para atingir objectivos sem sentido, e espantada com a descrição da morte do Papa João Paulo I. Mas nessa mesma descrição tive, de certo modo, pena do assassino pois ele chorou depois de ter cumprido aquilo a que ia, matar o Papa.
Quando Sarah está a salvo com a família fiquei mais aliviada, mas um acontecimento nas últimas linhas do livro fez-me ficar ansiosa pois o final ficou em aberto dando a entender que a organização ia continuar a fazer parte da vida de Sarah uma vez que o assassino do Papa voltou a contacta-la.
Gostei muito de ler o livro e recomendo a sua leitura porque tem uma história fascinante e cheia de mistério, tem também muita acção e a maneira como o autor narra os acontecimentos também contribui muito para o sucesso, uma vez que ele narra acontecimentos do presente e sempre que quer explicar o porquê daquela parte do livro recorre a cenas já passadas mas sem nunca desvendar tudo. Deixa sempre uma ponta de mistério e uma pista para o leitor ir atrás até descobrir o que realmente aconteceu.
As únicas coisas que acho que correram mal no livro foram o facto de o autor nunca explicar muito bem o tipo de ligação do pai de Sarah com a organização e qual era a sua função na mesma, fiquei com a ideia de que ele era pouco importante na P2. Outro aspecto que também não foi o melhor foi que o autor deu pouca importância ao pai da protagonista, pois ele só fala para dar explicações à filha e já que ele era o maior implicado porque fazia parte da antiga lista de membros da organização acho que devia ter tido um pouco mais de protagonismo. Também não gostei muito da simplicidade do código, acho que foi muito facil de desvendar. Podia ter sido um pouco mais complexo para dar mais sentido à morte do director do museu, porque assim deu a entender que ele morreu por causa de uma coisa que era muito fácil de descobrir.
Apesar disso gostei muito de ler o livro porque tem um tema interessante e tem muito mistério que nos faz puxar pela cabeça para seguirmos as pistas com as personagens.

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